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segunda-feira, 1 de novembro de 2010


Avanços tecnológicos permitem utilização de mineiras em prol da beleza.

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 Com a exploração de matérias-primas de origem mineral, indústria cosmética melhora a eficácia dos produtos, que, além de ganhar mais qualidade, protegem a saúde da pele.

O uso de matéria-prima mineral para a pintura da pele não é novidade. Pesquisas já mostraram que, no Antigo Egito, Cleópatra se enfeitava com khol, pó mineral preto usado para contornar os olhos, num desenho famoso e copiado até os dias atuais. No entanto, é no mundo contemporâneo que os avanços tecnológicos permitiram o aprofundamento de pesquisas e a exploração cada vez mais intensa de propriedades presentes em argilas, óxidos, dióxidos, micas, malaquitas, magnésio e até em pedras semipreciosas, como a ametista, a safira e a turmalina. Além de embelezar e levar aos produtos de maquiagem novas tonalidades e texturas, essas matérias-primas promovem ainda uma cobertura diferenciada e, principalmente, prometem tratar a pele.
Um exemplo vem do dióxido de titânio. O pigmento branco é usado em praticamente todas as maquiagens e também na fabricação de protetores solares, uma vez que cria uma barreira sobre a pele, bloqueando, de forma física, a radiação solar. Explica-se: ele tem a propriedade de refletir a luz (veja o quadro com outras substâncias e suas propriedades). Já a argila branca é muito usada para tirar a oleosidade da pele, uma vez que é rica em substâncias adstringentes, como o alumínio, cuja ação promove a contração dos poros.
Para a professora de tecnologia farmacêutica Lúcia Helena de Angelis, coordenadora do curso de pós-graduação e tecnologia de cosméticos, do Unicentro Newton Paiva, em Belo Horizonte, o uso desses minerais possibilita que a indústria trabalhe com menos substâncias que podem ser prejudiciais à pele. “Óleos e ceras, normalmente, são mais oclusivos para a pele (fecham os poros) e podem favorecer a formação de cravos e espi-nhas”, exemplifica.
Não por acaso, a indústria cosmética, brasileira e internacional, tem dado atenção especial à matéria-prima mi-neral, como descreve Emiro Khury, diretor técnico da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), sediada em São Paulo. “Os minerais sempre foram usados como fontes de cores para vários cosméticos, mas, há cerca de 10 anos, argilas, caolins e terras têm sido mais bem estudados. Inclusive no Brasil, que já compete em igualdade com grandes fornecedores mundiais nesse tipo de matéria-prima.”
Um dos principais resultados, segundo Khury, é a micronização das partículas, ou a quebra em porções minúsculas, o que permite a inserção de novos pigmentos minerais na maquiagem, que ganha alto apelo sensorial, com cobertura delicada e fina, mais natural. Emiro Khury reforça que produtos formulados com tais substâncias protegem a pele de radicais livres, um dos vilões do envelhecimento precoce, e também dos raios ultravioleta.
“Com o aperfeiçoamento dos estudos, a indústria cosmética passa por um período de retorno às origens, mas sob o pilar da ciência, que melhorou as características dos produtos e acrescentou elegância e sofisticação às fórmulas”, acrescenta.
Mercado
Por aqui, a maquiagem mineral é a menina dos olhos de pelo menos três fabricantes de cosméticos: Avon, O Boticário e Contém 1g. A primeira, empresa multinacional, lançou linha específica no país em abril. Entre os produtos estão bases, blushes, sombras e batons, que têm na sua formulação nutrientes essenciais como zinco, magnésio, cobre, malaquita e turmalina. Eles são moídos e transformados em pó. Dermatológica e clinicamente testados, não contêm talco, fragrâncias e óleos e, por isso mesmo, podem ser usados em todos os tipos de pele, inclusive nas mais sensíveis.
A 100% brasileira O Boticário desenvolveu aqui mesmo as pesquisas para sua cartela de produtos, lançada em agosto de 2009. Tudo com o objetivo de que a maquiagem mineral estivesse adaptada aos tons de pele da mulher brasileira. A formulação é livre de conservantes e leva minerais como dióxido de titânio, óxido de zinco, óxido de ferro, argila, pedras preciosas e outros. Para a gerente de maquiagem da marca, Marselha Tinelli, são vantagens desses produtos a textura leve, a não obstrução dos poros, a longa duração, o controle da oleosidade, o fator de proteção solar, entre outros benefícios. Desde março do ano passado, na Contém 1g, óxidos, argilas e micas são componentes de fórmulas 100% naturais que promovem uma maquiagem mais natural, também livre de óleos e talcos.

Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br

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